Me pergunto porque ainda não escrevi sobre você. Claro que a resposta mais rápida é: não tenho escrito nada, às vezes por falta de inspiração, às vezes tempo, às vezes (o que era muito frequente e agora nem tanto) pela intensidade do que vivo não conseguir se reduzir em palavras.
Mas sei que não é o caso. Há ainda um elemento oculto no porquê de não escrever sobre você. Talvez, e isso é apenas uma hipótese criado nesse momento de escrita, seja pela beleza que vejo em não definir o que somos ainda. Pela novidade que a nossa relação representa nas nossas vidas, e pelo otimismo que rege essa novidade no sentido de esperar as coisas mais bonitas que, caso não sejam de fato tão bonitas (mas meu lado otimista e poeta duvida!) serão, no mínimo, um deixar-se cair no misterioso, e é esse sagrado do misterioso que não quero quebrar com teses escritas a respeito de você.
Você, pra mim, ainda é um livro em branco sobre o qual só tenho o projeto se delineando nas minhas impressões e na minha memória ainda recente. E aqui então fica minha homenagem silenciosa do que poderá ser as próximas linhas sobre o que compartilharmos das nossas vidas:
O branco que cuido com carinho para o que ainda será escrito. Te espero.
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