O chão que era de mármore, frio, gelado, agora é areia. Uma areia quase azul, que permite que meus dedos se mexam confortavelmente.
A dor que parecia não ter fim, agora é ladrilho na parede.
A insegurança virou pó, que caiu sob as pérolas, enfeitando-as.
Se nas minhas impressões reinava a mágoa, hoje reina a tranquilidade.
Como sair de uma coleira de espinhos meio frouxa e sentir no pescoço as fibras de um lençol.
Foi como acordar depois de um domingo cinza, de um filme muito longo no escuro.
É quase como ter flores pequenas e de tons amarelos no quintal dos fundos.
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