Fiquei reparando no tanto de melosidades que tem por aqui nos últimos posts.
Engraçado, porque até o dado momento não é isso que tem imperado na minha vida.
Tem
imperado a ação, a dúvida, o caos, a mudança, a esperança, o desgaste -
todas as forças indomináveis da revolução. O amor inclusive, mas não
nessa forma melancólica nem em nenhuma forma por demais intensa - o amor
andou leve, andou se acertando, andou parando e acalmando seus
processos.
É, o que tem dominado os meus dias, me engolido por
inteira, revirado minha cabeça e cansado meus pés, é a tal revolução. E
dela nada escrevi.
E se assim foi, acredito que é porque há tanto,
tanto tanto a se dizer sobre, que não cabem ainda em palavras. Não
conseguiria continuar uma frase bem elaborada sequer sobre o assunto,
porque dependeria de adjetivá-lo, e isso ainda não consigo fazer com
propriedade, com a devida destreza, com suficiente astúcia pra honrar o
que foi e tem sido esses movimentos no país e nas cidades.
Não vou falar, portanto, da revolução. O silêncio que fica nos
próximos espaços é do olhar atento - chocado mas esperançoso; da boca
silente que prefere dar espaço pros novos acontecimentos antes de rasgar
no tempo essa oportunidade com comentários; do corpo bombardeado de
energias mil, pelo vão do novo futuro que se abre - e que ainda não está
pronto. O silêncio que fica é a moldura para um quadro ainda em
construção.
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