Quão individuais somos? Quão só nós ainda existe?
Nessa emaranhar de ideias, desejos e contatos acreditamos estarmos juntos.
Nesse turbilhão de reuniões e protestos e ocupações e comissões e funções, acreditarmos fazer parte de alguma unidade.
Qualoquê: voltamos sós. Carentes de um conjunto que quiçá nem existiu, será?
Caminhamos como álcoolicos anônimos retornando pra casa sem saber de fato o que foi aquilo e o que será depois, se agarrando na esperança da promessa.
Então, me responde: onde acabam nossas pontes?
Onde não fazemos parte de nenhum todo, de nenhuma grande movimentação comum ou mesmo simples laços de afeição?
Dissolvemos uns dos outros qual como a nuvem negra soprada rápida do cigarro.
E quando tudo já parece finito, algo permanece diluído.
O que é, não sei. Ouso chutar que é a cara pálida da esperança nos encarando - e perguntando: até quando?
quanta....quanto...canto. pra além do meu desencanto.
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