Eu tenho um desespero micro e um macro, um sentimento forte que Bob Dylan arranca de mim com essa música, sobretudo quando ainda não escureceu mas já não está mais claro.
Micro, sobre as coisas pequenas do dia-a-dia, da vida aqui e agora.
Macro, o mais abstrato e pesado, das coisas do mundo, que são muito mais sérias do que as que eu costumo presenciar no cotidiano, mas sei que existem. E aí eu me sinto imensamente mal e desconfortável, por ser tão afortunada enquanto outros padecem no sofrimento em outro canto do mundo.
A fome, a guerra, a miséria, o descaso. Os resultados da loucura humana de pensar que as pessoas servem ao dinheiro e não o contrário. Os distúrbios do mundo, que você sabe que serão mantidos pela ganância e pelo egoísmo das pessoas, e aí eu vejo, como um flash, toda a maldade e a frieza da vida que levamos sem perceber.
E a vertente romântica e esperançosa da Ninha fica no outro post.
Vou dormir pensando nas máscaras do teatro...
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