O rasgo da embalagem se extende; os sentidos se amplificam. Mais e mais.
Como se o tempo permitisse que por um instante o mundo girasse mais devagar para eu assimilar todas aquelas sensações.
O cheiro de hortelã é trilha-sonora do quadro verde-escuro: o pacote preto e prata mergulhando no líquido turvo em meio a micro-bolhas gasosas; se desintegrando como se estivesse embebido em refrigerante-ácido. Uma espécie de pântano cheio de estrelas dentro da garrafa. Tudo está em paz; uma paz estranha, um fluxo lento que a qualquer momento pode estourar em mil micro-bolhas de cristal.
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