E quem sabe eles se comunicam sem saber.
Seja por um segundo de olhar ou uma dose oval de amor.
Talvez tenham interesses em comum que não sabem ter. Livros, lugares, filosofias...
Quem sabe seus textos, sileciosamente, se encontram. Haveria um leitor patente?
Seria então um descompasso talhado, rumo a um ninho em chamas?
E quem sabe eles se amam sem saber?
Por compreender o soluço ou por escolher estar na cama usando o pijama do outro.
Quem sabe não se sabe nada, na verdade...
E esse não-saber nos mata, mas é o que nos mantém caminhando...
Cultivando um caminho ora menos, ora mais adiado.
Acima de nós, o céu continua nublado.
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