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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Síndrome de Grenouille

 Engraçado como só escrevo quando há um quê de perturbação na minha alma. A alegria por essas bandas. Aqui reina a inquietude para acender a fagulha. Mas não é isso apenas que impede o avanço das ideias escritas. Esses buracos em branco são filhos da ausência de palavras, um vazio no dicionário do mundo que não me permite traduzir em letras e vírgulas aquilo que se passa em minha cabeça.
 Aquele mundo azul originado do penacho de ave que não exite. A lava quente subindo os prédios acompanhando a música frenética. As cenas tão bem definidas na mente, no corpo, nos sons e no cheiro. Aquela história semi-medieval da piscina, os planos do passado, as vontades-minuto debaixo do lençol ou as de cara com o vento.
 Não há palavra no mundo que descreva.
Talvez esse seja o tópico principal. O motivo desse blog. O porquê de escrever, ainda que o resultado sea infame, insatisfatório em níveis indizíveis. Indizíveis, porque faltam palavras, mais uma vez.

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