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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Do acúmulo mais espetacular que eu pude sentir em tempos sem precedentes

Precisava de paz e um pouco de descanso das teorias do Estado, e agora não há prova que me desespere, se eu tiver que repetir que seja, não há preocupação que não se dissipe; não há sentimento que eu não admita sentir, não há pressa pra nada, e há intensidade pra tudo...os dedos até tremem: nunca estive mais certa de que tentaria escrever um texto que sairá necessariamente incompleto e sem barreiras lógicas ou qualquer coisa enfim.
E a noite é realmente dos notívagos, as almas da noite namoram com as reflexões que o escuro trás, e a gente se sente em paz, em casa.
De repente eu vou largar tudo e ser atriz, de repente eu vou ficar, mas eu sei que sou feliz. E é tão bobo e simples isso, "felicidade é só questão de ser" é a mais pura verdade-clichê. E eu vi gente dançando nos pátios dos prédios e subindo aos céus... E eu sei que tá tudo bem, que eu tô no meu caminho, e se ele mudar inteiro - "ter meus pés n'outro chão" - também estarei bem, que estou honesta comigo mesma no maximo que já pude experimentar, e segura do destino e dos demais desconhecidos que vou encarar na vida... "Onde eu piso e minh'alma toca".
Não caberá aqui nem metade, nem um décimo, mas tão somente uma poeira dos pensamentos que fluíram tão certos e tão cheios agora a pouco, contemplando a pequenez e a enormidade da vida da minha janela.
Foi  livre, meditativo, expansivo, transcendental...
E foi o cigarro mais bem aproveitado de toda a minha vida, até agora.
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Músicas que agora tem uma significância outra, que resguardam esse momento que eu desejo voltar - renovado, diferente, mas com o mesmo teor - de novo, e de novo:
Quem Ouvirá - Pitanga em Pé de Amora
Insensatez - Graveola
Aquela Melodia - Falamansa
E é simples assim. Só não me distrair, pra distrair em mim...

sábado, 12 de janeiro de 2013

Do amor, da incerteza e do desatino do amor

  Tenho amigos que dizem nunca ter amado. Não aquele amor entre familiares, ou amor fraternal entre amigos, ou mesmo o objetivo maior do espírito de amar desconhecidos por reconhecer que eles também querem se ver livres do sofrimento e serem felizes. Digo aqui do amor entre amantes, daqueles que brotam da paixão que fica morna, que às vezes até solta faíscas; que nunca cessa o seu calor. Porque amor, até onde eu pude ver com o meu espírito jovem, não morre nunca. Pode até mudar de forma, mas é uma das únicas coisas que considero poder ser eterna.
  Então, conheço gente que lamenta nunca ter amado na vida.  Às vezes penso que eles têm sorte. Claro, nunca amar na vida, aí não, que isso seria falta de humanidade - "pesado", mas talvez seja verdade. Agora, temos a vida inteira pra amar, e cair no azar de começar tão novos como somos, tão inexperientes e pouco sábios que somos pra lidar com o peso de amar alguém... Mas penso também que melhor agora, cedo, afinal o coração jovem é muito mais corajoso, mais ousado, e por natureza arde muito mais em reação ao mundo que nos é apresentado, do qual sabemos tão pouco e já nos maravilha e confunde tanto. Melhor agora, que experimentar e errar é mais normal, mais aceitável - se é que podemos pensar assim - e talvez menos nocivo (mas só talvez).
  Esse vai e volta de quando se deve começar a amar talvez não termine em conclusão nenhuma, assim como a maioria das questões que envolvem o amor. Afinal, quem realmente sabe como ele funciona? Se soubéssemos, tudo seria muito diferente, não seria? É, de repente é pro bem: se soubéssemos bem, talvez nem amaríamos ninguém. Se entendessemos a lógica ou a deslógica dos sentimentos, poderíamos estragá-los e desvirtuá-los como é de praxe do homem fazer com o que domina. E isso é certo: o amor não é pra ser dominado, seria contra a sua natureza. Entender o amor é matar o amor.