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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Rascunho - Personagens

Escritora. Não tem grandes obras publicadas, vez ou outra suas palavras ocupam coluna nas páginas finais de um jornal ou outro.. Mas não importa, não as faz para mostrá-las, e sim para venerá-las em sonho, com todas suas imperfeições, assim como observa o ser humano.Usa calças de moletom cinza, carregando uma xícara gorda de café com as duas mãos, caminhando em direção ao computador pra escrever alguma boemia qualquer. Ela fuma um cigarro, dois...Os coloca de lado,ajeita os óculos e faz alguma escultura com as mãos.


Não escrevo uma continuação mais para não perder a liberdade da personagem.Que tenham mais dessas personagens autênticas, surpreendentes, viciadas em taças de champagne ou em xícaras de café e doces textos sem palavras.

domingo, 30 de maio de 2010

Sobre sapatos e alguém.

Não sei se é porque ontem eu praticamente me afoguei em sapatos novos, se as compras inusitadas me fizeram ter vontade de mudar tudo de lugar (guarda-roupa virado do avesso!) ou se é apenas pela satisfação desse ser meu último texto destinado à esse assunto que parecia sem fim. Mas aí vai o último apego ao passado, feito à alguns dias atrás.

Pois bem. Hora ou outra, precisamos de sapatos novos. Tem muitos sapatos no mundo, todos sabemos. Mas existem os de boa e péssima qualidade. Os quebra-galho, que não é lá essas coisas, mas auxilia na falta de coisa melhor. Tem aquele simpático, mas que não te conquistou por inteira. O sapato de salto lindo, mas que dói o pé. Tem que saber escolher. Ou então lidar com o calo do dia seguinte. Dinheiro mal investido.
Então o que me impede de comprar novos sapatos - pois ando bem precisando! - não é a falta de oferta, não senhor, e agradeço!
Bem pelo contrário: como não estou lá desesperada pra entrar na primeira loja, avalio bem minhas opcòes. Me chame de fresca, eu chamo isso de bom gostou - e uma pitada de precaução. Mas não é esse o rumo que quero tomar pro assunto.
 O inevitável é que, enquanto demora a troca, os velhos sapatos continuam necessários. Não adianta me vir com essa de poder andar descalço, que isso é pra poucos - pouquíssimos.
 Pois bem, eu preciso de novos sapatos. Mas ainda visto os velhos, e sei bem que não sou capaz de tirá-los antes de encontrar meu próximo par.
  Busca-se o novo, mas na certeza tímida e silenciosa de que os velhos por muito tempo lhe couberam, e seus pés a muito se adaptaram...

24 de Maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Leve. Leve tudo...

E eu falando que nada de fora podia tirar a dor que estava aqui dentro!
Pois umas palavras amigas me deram a ferramenta que faltava pra eu tirar a sua foto da minha parede.
Agora estou leve, sem aquele peso todo que eu carregava nos ombros..
Agora a saudade é saudade, saudável. E não aquela tristeza amarga, que me impedir de seguir adiante.
Tudo bem, tudo bem: agora dá pra pensar nos bons momentos de você, e qualquer nuvem que aflore aqui, não tampa o sol inteiro quando eu sorrir.

 Um novo maio de 2010.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Se a gente ainda existisse em Julho..

Notícias perderão todo o controle dos fatos
Celebridades cairão no anonimato
Palavras deformadas
Fotos desfocadas, vão atravessar o atlântico
Jornais sairão em branco
E as telas planas de plasma vão se dissolver
O argumento ficou sem assunto.
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer...
Os políticos amanhecerão sem voz
O outdoor com as letras trocadas
Dentro do banco central o pessoal vai esquecer
Como é que assina a própria assinatura
E os taxistas já não sabem que rua pegar
Que belo estranho dia pra se ter alegria
E eu respondo e pergunto.
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer por você
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer...
Alarmes já pararam de apitar
O telefone celular descarregou
O aeroporto tá sem teto
E a moça da tv prevê silêncios e nuvens
A firma que eu trabalho faliu
E o governo decretou feriado amanhã no Brasil
Será que é pedir muito?


É só um jeito de enlouquecer.. Se ainda existisse você.

First days of May/2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Nota de rodapé

Só pra deixar registrado que o ritmo rápido dos posts ( com assunto um bocado repetitivo, diga-se de passagem) é pra atualizar logo meu estado de espírito.
Afinal já passou uma semana das boas notícias, e eu não cheguei nelas so far.

E pra não ficar só nesse detalhe, fica mais um bookmarking que eu não resisti de postar *-*


Don`t know, but I think my motherly soul has been waay too high these days.

For the record


 Just don't forget to exercise your ability to put real things in it.

( aah, malditos intrigantes bookmarkings! Perco horas do meu dia vasculhando essas coisinhas)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

você, você, você... chega de vocês!

Não é nem sequer uma palavra bonita.
( mantendo as datas. Viu? Num raio de 2 horas, eu estou seguindo o roteiro direitinho. Parabéns pra mim? hahaha)

Eu já não sei
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente
Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de te dizer frente a frente
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei
Eu já não sei
Sorrir como então sorria
Quando em lindos sonhos via
A tua adorada imagem
Eu já não sei
Se deva ou não deva querer-te
Pois quero às vezes esquecer-te
Quero, mas não tenho coragem

- Eu já não sei, Roberta Sá.



Tudo bem, a letra é bem lugar-comum. Mas vai ver é nesse lugar que eu estou.
Enquanto as coisas que me lembram você não param de me lembrar de você, eu sigo ouvindo essas letras que tem a ver com você, esperando que um dia eu siga meu próprio conselho.
" Don't you know you must find a better place to play?"
Mas essa também me traz a lembrança amarga daquele último dia cinza...da ausência de você.

É por isso que a palavra VOCÊ me irrita tanto, assim mesmo, maiúscula e em negrito. Porque à cada 10 vezes que eu escrevo essa palavra aqui, 11 se referem.. à você.

Então, esse aqui tá por volta de começo de maio/2010.

Desaparece, desaparece, desaparece...

Jurei não mais amar pela décima vez
Jurei não perdoar o que ela me fez
O costume é a força que fala mais forte do que a natureza
E nos faz dar provas de fraqueza
Joguei meu cigarro no chão e pisei
Sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei
Através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir:
Ela é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir
Senti que o meu coração quis parar
Quando voltei e escutei a vizinhança falar
Que ela só de pirraça seguiu com um praça ficando lá no xadrez
Pela décima vez ela está inocente nem sabe o que fez

- Pela décima vez, na voz de Roberta Sá.
 
  Pela décima vez, desaparece!
  Porque da primeira você não levou a sério. Se embriagou, e tomou coragem pra insistir. 
  Agora que eu não profiro palavra alguma, que a vontade fica só aqui dentro, você some, mas não some por inteiro. Deixa o seu fantasma, sua imagem torta pra me perturbar e rir da minha fraqueza.
  Quando eu arrepiava por inteira ao seu toque, você continuava a me beijar e a infiar essa sua língua cheia de lábia e hipocrisia no meu corpo trêmulo. Você se diverte com as minhas emoções, porque não tem a sensibilidade de lidar com elas. Nem com as minhas, nem com as suas, nem com as de ninguém.
E eu digo que você é incapaz de amar, e o que você faz? Jorra todo o seu amor em mim, pra provar que estou errada, e só pára quando já satisfez a sua vontade e encontrou coisa mais interessante pra fazer.
E eu? Não que você tenha perguntado, mas eu fico aqui, entre o o chão frio em que você me deixou da primeira vez - aquela, da qual você se arrependeu, é isso? - passando pelo abraço que você tanto pediu e eu não neguei - claro, força o arrepio pra matar a sua sede egoísta de mim! - e o mar que eu tinha reservado pra nós, mas você nunca chegou a ver. Porque a sua pressa é tanta, e a tua fome é muita...

primeira(s) semana(s) de maio/2010

Fato:

Tenho que começar a datar os meus textos.















Porque uma coisa já ficou clara: 

o que nada na minha mente,
ou o que afunda subitamente
eu não consigo s i n c r o n i z a r,
com o que flutua cronologicamente.
  
Rimou sem querer, juro.

domingo, 16 de maio de 2010

Ponto final. Ponto de partida.

Alegria
Era o que faltava em mim
Uma esperança vaga
Eu já encontrei.
Teus carinhos que me faz
Me deixe em paz
Não te quero ver
Para nunca mais.
Eu sei que teus beijos e abraços
Tudo isso não passa de pura hipocrisia
Já que tu não és sincera
Eu vou te abandonar um dia.
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade perdida.
Finda tempestade
O sol nascerá
Fim dessa saudade
Hei de ter outro alguém para amar.
- Alegria / O sol nascerá, na voz de Roberta Sá.

Essa coleção de Roberta Sá... Domingo agora tem Saidera da Comida Di Buteco.
E quando tocar essa ou aquela, é hora de abandonar esses meses desperdiçados e compensar a vida com coisa melhor.
 Na verdade, eles já estão lá atrás... Aqui fica só os restos das palavras que eu solto, pra limpar de vez a bagunça que você deixou na minha caixa de memórias..

sábado, 15 de maio de 2010

Samba de amor e ódio

Não há abrigo contra o mal
Nem sequer a ilha idílica na qual
A mulher e o homem vivam afinal
Qual se quer
Tão só de amor num canto qualquer.
Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.
Nem amor sem que uma hora
O ódio venha
Bendito ódio
Ódio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
E a outra face do amor vem a flor
Na flor que nasce do amor.
Porém há que saber fazer sem opor
O bem ao mal prevalecer
E o amor ao ódio incerto em nosso ser se impor
E a dor que acerta o prazer sobrepor
E ao frio que nos faz sofrer o calor
E a guerra enfim a paz vencer.

- Samba de amor e ódio. Na voz de Roberta Sá, sempr

 que ainda há amor, amargando o canto dos copos e impedindo que a paz finalmente me leve embora daqui...

Enquanto as gotas caem

e parece ser esse o caminho, de vez...

  Você não pára a paz das gotas do chuveiro pra lembrar da gente, cantando aquela música no timing perfeito e beijando no sofá... Eu lembro da música, de como você se ajeitou grande no pouco de espaço, no pouco de mim... Naquela época a gente não sabia...
  Você não viaja pra fora da sala, pra fora do quente contra vontade, quando escuta coisa qualquer que lembre de mim..
  Injusto, porque eu só conheço minha dor, o meu lado sozinho.. Também, do que adianta você sentir qualquer coisa que seja? Você não se importa nem com os outros nem com você. Você não tem dor pra suportar. Você tem suas musicas e seus vícios. E suas mulheres, quem sabe.. Elas não estavam lá naquele quarto de hospital, naquela noite em que eu esqueci meu sutiã embaixo do sofá até o dia seguinte... Mas não importa, não é? Você só quer alguém pra provar que pode amar. Não fui em quem disse que você era incapaz? E a que menos acreditava te amou. Te aguentou por mais de 8 horas. Por mais de 5 meses. Por mais tempo do que na verdade, suportava. Mas isso não importa, não é?
  E você não tem que se importar com nada disso. Você tem os seus vícios, o seu foda-se. Eu só tenho os pedaços de mim que você jogou no chão e não teve nem a decência de ajudar a catar..

Abril/2010

Desabafo (perdi-a-contagem-do-número)

As coisas acontecem num ritmo estranho, não é?
  Quer dizer.. pensa comigo, Destino: Você se envolve com um cara que no fundo, não estava tão com você assim. Você cai fora, e se joga logo nos braços de outro, pra ver se consegue seguir adiante de uma vez. Esse outro gosta de você, e você nem nota. Porque não notou?
  Oras, tanto faz, ele se mostrou um "ótimo" genérico do outro, você não aguenta uma segunda dose. Mas aí vem a ironia da coisa: O amigo, estudante de engenharia, papo descontraído, mas interessante também... O aspecto físico também era de todo, agradável. Não que fosse o mais importante, mas não dá pra deixar de notar os olhos azuis contrastando com o sorriso e a pele branca, tudo meio infantil, mas muito maduro por outro lado.
 E o que raios esse outro amigo tem a ver? Você ainda me pergunta, Destino? Acontece que esse amigo tava de olho, foi se aproximando de leve, mas respeitou o certo espaço que o genérico tinha. Ele tinha visto primeiro, esse tipo de coisa, sabe?
 Aí a boba aqui acha que o amigo não vai investir rápido o suficiente, e dá de ombros, fica com o genérico mesmo, larga o genérico mesmo.. E espera uma oportunidade pra continuar a conversa com o amigo.
Só que o amigo agora namora. E namora muito bem. Tão bem.. Problema nenhum, o cara tá feliz, pelo menos alguém encontrou alguém com quem desse tão certo.
Qual o problema então, Destino? É que esse amigo, está vivendo o meu namoro.
Aquele namoro que eu peço pra você sempre que me lembro, e você insiste em desviar do meu caminho.
  Talvez não seja hora ainda.. talvez o que é meu tá guardado.
   Só pensando assim pra seguir em frente, em meio à esses namoros de shopping e ao caos dos sentimentos.
 É, amigo, ainda vai ter eu e meu brother companheiro. Com as 11 letras, e toda a intensidade!

Nine

é como se todas essas mulheres, todas as 9, coubessem em uma só.

Demorei muito pra finalmente escrever um pouquinho sobre o assunto, mas finalmente vou soltar uns comentários sobre o musical Nine, de Rob Marshall. Isso vai ficar cheio de opiniões e vídeos, provavelmente nem eu vou ler isso tudo de novo, então primeiro, fica o trailler, que é o que desperta o interesse inicial num filme, certo?


A primeira vista é sim um tanto quanto raso, o enredo. O objetivo pareceu juntar artistas consagrados para garantir público, e realizar alguma fantasia de fazer um musical. Mas as cenas, os figurinos, a intensidade das apresentações é realmente indefectível. A forma como foi colocado o sexo pra mim é indefectível. Marshall conseguiu se equilibrar na difícil linha entre a cliassificação-14-anos e o vulgar, dando uma conotação mais real e ainda assim, artística para a sensualidade. Impossível não reparar na beleza do figurino, do cenário, e porque não, das atrizes. 
 Discordo com a maioria quanto à performance de Kate Hudson com "Cinema Italiano". Pra mim, incorporar aquele lugar-comum cheio de pop-hit e prateado saiu completamente do
clima do musical. Mas nada que tenha me desagradado profundamente, especialmente porque fui recompensada com uma atuação realmente reveladora da Fergie - isso mesmo, "Be Italian" fez com que eu reconhecesse algum talento de verdade na moça. Vi uma entrevista com ela, em que ela afirmava a importância do papel pra ela, e eu a entendo perfeitamente - fazer um musical deve ser o sétimo céu! Vale a pena deixar esse aqui também:

 Além de tudo, a participação de Nicole Kidman foi divina, e a força de sua personagem Cláudia caiu como uma luva na mão dessa atriz cheia de personalidade.
  A pérola de todo o musical pra mim é a Marion Cottilard, no papel de  Luisa Contini, mulher de Guido (Daniel Day-Lewis). Na sua performance de "Take it All", me fez vibrar de vontade de estar no lugar dela, despejando toda a frustração com tanta classe, poder e profundidade. Não vou contar toda a trama, até porque musicais são feitos pra se apreciar com o que cada um tem por dentro, e não ser visto de uma maneira só. Mas me despertou muita coisa que eu percebo à minha volta, o perfil de Guido. Isso, só assistindo pra captar.
  Claro que eu juntei as cenas mais ricas envolvendo Luisa e Guido.
A delicadeza do personagem de Luisa me encanta, a interpretação de Marion foi tão rica, que eu pude criar toda a história que não foi mostrada na minha cabeça, e sentir como se fosse comigo. Não que fosse muito difícil, porque podemos encontrar vários Guidos por aí, prontos para quebrar as pontes entre os corações e os caminhos... Mas isso já é outra história.
  A indiferença, a sensação de que o amor de Luisa por Guido só é válido quando ele já se encontra sem ninguém, sem nada.. Que ela é o que lhe resta de bom, mas só o que resta, e isso não é suficiente pra ninguém... Ah, como a gente consegue se encontrar nas histórias dos filmes, né? Ele estava ocupado demais com o universo dele, pra perceber que ela não fazia parte dele...Como Luisa diz, "Você está muito ocupado inventando sua própria vida". 

Mas como eu disse, isso já faz parte de outra história.. E provavelmente eu não vou demorar muito pra desabafar sobre ela também.
  Fica por fim os minutos iniciais do filme, que já dá uma idéia do clima que nos espera no resto do filme. Se eu pudesse, morava nesses primeiros minutos!
   

domingo, 9 de maio de 2010

You care.


 Ela tira as roupas do corpo. 
Ele se sente atraído, como ela planejava.
Pendura a blusa sem tirar os olhos da figura dele, e começa a vestir 
o seu kimono. De tecido luxuoso, fino, vermelho com pequenos bordados
 japoneses no mesmo tom...Aah como ele não notou quando ela o pôs 
pela primeira vez? Ela comprou pensando se seria fácil tirar todo aquele 
tecido com a boca.
Esperou o dia inteiro para ver sua reação quando chegasse em casa,
mas naquele dia eles só trocaram um boa a noite e informações 
sobre a tv a cabo.
Então ali estava ela, cobrindo seu corpo nu com o kimono vermelho.
Ele não entendeu pra que se cobrir se em questão de minutos estaria
sem roupa de novo, mas aquele roupao realmente caia muito bem nela...
Ela se aproxima com uma cara queimando tentação, movimentos 
inspirando roupas jogadas no canto da cama na manha seguinte...
Ah como ele gosta desse fogo que ela tem!
Mas subitamente ela muda de direção. O que está fazendo? Caminhando 
para a porta; esqueceu alguma coisa?
Ela deixa o cômodo, mas antes voltando a cabeça para dentro: "Sugiro
que não olhe pela janela nos próximos minutos." E sorrindo, como se
brincasse com o labirinto das ideias dele, deixa a porta entreaberta
e sai em direção à rua, vestida só de seu kimono, que insiste em cair-lhe
dos ombros, pro desespero dele. 
Claro que olharia pela janela. Que mente perversa, a dela! Esta lá,
sentada em frente ao prédio, semi-nua e fumando um cigarro,
como se nada de extraordinário acontecesse. 
Ele bate no vidro algumas vezes para chamar a sua atenção, 
tem que esperar impacientemente até ela parar de obsevar
o movimento e mirar olhar para sua pequena janela. 
Faz um sinal para que ela suba, acabe com essa maluquice!
A rua é perigosa...Segure esse tecido que cai de seus ombros! 
Ah, o desejo arde pelo corpo dela, que esta lá fora, tão exposto 
aos olhos dos outros homens... Ele volta a insistir, e assiste a figura
dela rindo , debochando do desespero dele.
Ela se diverte com os sentimentos que provoca nele...
Que criatura extravagante! 
De fato, tal personalidade é tão magnética que faria com que nações
declarassem guerra... Cleópatra explosiva! 
Lá vai ele atras dela, descendo as escadas pensando em como foi se
envolver com tão imponente criatura... Ah, lá esta ela, bem na porta,
ajeitando-se sentada no muro da entrada e soltando um sorriso ao o ver.
Ele suspira, cedendo: "Não posso comer toda aquela comida chinesa
 sozinho". 
Ela envolve seu pescoço com os braços, aproximando as suas cinturas.
"Da próxima, não elogie apenas meu kimono, mas meu cabelo 
desarrumado também." 
Sobem abraçados as escadas de volta para o apartamento.
"E não temos comida chinesa."
Ele, satisfeito, lembra:"Eu estava blefando."