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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

sábado, 15 de maio de 2010

Nine

é como se todas essas mulheres, todas as 9, coubessem em uma só.

Demorei muito pra finalmente escrever um pouquinho sobre o assunto, mas finalmente vou soltar uns comentários sobre o musical Nine, de Rob Marshall. Isso vai ficar cheio de opiniões e vídeos, provavelmente nem eu vou ler isso tudo de novo, então primeiro, fica o trailler, que é o que desperta o interesse inicial num filme, certo?


A primeira vista é sim um tanto quanto raso, o enredo. O objetivo pareceu juntar artistas consagrados para garantir público, e realizar alguma fantasia de fazer um musical. Mas as cenas, os figurinos, a intensidade das apresentações é realmente indefectível. A forma como foi colocado o sexo pra mim é indefectível. Marshall conseguiu se equilibrar na difícil linha entre a cliassificação-14-anos e o vulgar, dando uma conotação mais real e ainda assim, artística para a sensualidade. Impossível não reparar na beleza do figurino, do cenário, e porque não, das atrizes. 
 Discordo com a maioria quanto à performance de Kate Hudson com "Cinema Italiano". Pra mim, incorporar aquele lugar-comum cheio de pop-hit e prateado saiu completamente do
clima do musical. Mas nada que tenha me desagradado profundamente, especialmente porque fui recompensada com uma atuação realmente reveladora da Fergie - isso mesmo, "Be Italian" fez com que eu reconhecesse algum talento de verdade na moça. Vi uma entrevista com ela, em que ela afirmava a importância do papel pra ela, e eu a entendo perfeitamente - fazer um musical deve ser o sétimo céu! Vale a pena deixar esse aqui também:

 Além de tudo, a participação de Nicole Kidman foi divina, e a força de sua personagem Cláudia caiu como uma luva na mão dessa atriz cheia de personalidade.
  A pérola de todo o musical pra mim é a Marion Cottilard, no papel de  Luisa Contini, mulher de Guido (Daniel Day-Lewis). Na sua performance de "Take it All", me fez vibrar de vontade de estar no lugar dela, despejando toda a frustração com tanta classe, poder e profundidade. Não vou contar toda a trama, até porque musicais são feitos pra se apreciar com o que cada um tem por dentro, e não ser visto de uma maneira só. Mas me despertou muita coisa que eu percebo à minha volta, o perfil de Guido. Isso, só assistindo pra captar.
  Claro que eu juntei as cenas mais ricas envolvendo Luisa e Guido.
A delicadeza do personagem de Luisa me encanta, a interpretação de Marion foi tão rica, que eu pude criar toda a história que não foi mostrada na minha cabeça, e sentir como se fosse comigo. Não que fosse muito difícil, porque podemos encontrar vários Guidos por aí, prontos para quebrar as pontes entre os corações e os caminhos... Mas isso já é outra história.
  A indiferença, a sensação de que o amor de Luisa por Guido só é válido quando ele já se encontra sem ninguém, sem nada.. Que ela é o que lhe resta de bom, mas só o que resta, e isso não é suficiente pra ninguém... Ah, como a gente consegue se encontrar nas histórias dos filmes, né? Ele estava ocupado demais com o universo dele, pra perceber que ela não fazia parte dele...Como Luisa diz, "Você está muito ocupado inventando sua própria vida". 

Mas como eu disse, isso já faz parte de outra história.. E provavelmente eu não vou demorar muito pra desabafar sobre ela também.
  Fica por fim os minutos iniciais do filme, que já dá uma idéia do clima que nos espera no resto do filme. Se eu pudesse, morava nesses primeiros minutos!
   

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