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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Da malícia, do jogo e da quebra da inocência

Penso, talvez pela minha desconfiança escorpiana em relação as intenções alheias, talvez por estar jogando e só no reflexo do outro perceber que empunho de lado minhas armas - mas penso por um instante que ela pode estar se abrindo justamente para antecipar minha jogada, paga garantir que eu perceba minhas limitações de movimento.
O respeito que cultivo por ela supera meu desejo nele, e enquanto majoritariamente penso que é uma empatia genuína e que minha resignação tem um quê de nobre, de belo, de raro; me aterroriza a possibilidade de ser na verdade uma armadilha, um blefe malicioso no qual eu caio e cuja arquitetora me faz inclinar sem relutar.
Me assusta a ideia de que eu esteja, ao mesmo tempo, transformando aquela que é o obstáculo que me impede de consumar minha obsessão na própria obsessão, trocando uma por outra. Para não admitir minha incapacidade de transpô-la passa chegar a ele, transformo-a na ponte arriscada e encantadora que me conecta à ele.

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