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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Do alívio

  O chão que era de mármore, frio, gelado, agora é areia. Uma areia quase azul, que permite que meus dedos se mexam confortavelmente.
  A dor que parecia não ter fim, agora é ladrilho na parede.
  A insegurança virou pó, que caiu sob as pérolas, enfeitando-as.
  Se nas minhas impressões reinava a mágoa, hoje reina a tranquilidade.
  Como sair de uma coleira de espinhos meio frouxa e sentir no pescoço as fibras de um lençol.
  Foi como acordar depois de um domingo cinza, de um filme muito longo no escuro.
  É quase como ter flores pequenas e de tons amarelos no quintal dos fundos.

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