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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

sábado, 30 de março de 2013

Cidade-fantasma. Está tudo vazio, o povo sumiu. Os sentimentos que sobraram pairam no ar junto às partículas de poeira que brilham contra o sol que tem pressa de descer e confirmar as paredes geladas das fachadas descoradas. O bloco do eu sozinho vê da janela a cidade-fantasma fosforescer nessa paz estranha, nesse tom de cansaço sublime, nesse desbotar devagar, nessa continuidade de acabar.  E dali do parapeito brotam vontades-fantasma, que invadem sorrateiramente o peito, inflam-o, e o instinto é segurá-lo pra que não voe ao céu como balão. Um balão azul vagando pela cidade-fantasma... Um pouco de cor no mundo monocromático, que chance teria? Vontades-fantasma infestam a alma de esperança natimorta. Do parapeito tudo se vê do pouco que restou. Da cidade-fantasma feita pra desvanecer.

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