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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Convite para um novo tipo de amor

Será que ainda te conheço?
Quer dizer, não te conhecia naquela época, e já te amava.
E não te conheço hoje, e ainda te amo.
Te amo diferente, e diferente como és hoje.
Você me amou diferente como eu era. Será que ainda me ama hoje?
Me amará amanhã?
Espero que sim. Acredito que não morreremos nunca.
Mesmo podendo morrer amanhã.
Não morreremos jamais dentro de nós.
E afinal de contas,  ninguém nos conhece por completo, nem nós mesmos.
Mas acredito, acredito sim, pode acreditar: sinto que te conheço.
Com todos os desconheços, te vejo.
Te vejo e gostaria de ver mais, de ser mais, de sentirmos mais. Por que não?
Gostaria que soubesse que sei que esses olhos não são tristes nem frios
mas quentes, cheios de dúvidas, cheios de desejos, inqueietudes
complexidades e completudes.
É, acredite, você é cheio de completudes, ainda que mutantes - como é natural do ser.
Na nossa incompletude me consterno e me arremato.
Acredito que você também... Talvez seja para você lamentavelmente adorável a ideia de nãos sermos.E de não nos acabarmos.
Que coisa mais esquisita o nosso caso...
Mas meu amor (e aqui não digo como no passado, mas com a maturidade de um amor crescido e puro, contemplado na busca pelo desapego)
Meu amor, não tens que ficar só.
Não tens também que ficar só comigo. Somos livres, pra ir e pra voltar.
Mas se quiseres, estou aqui, nos dias de chuva, às 3 da madrugada,
pra fazer algo que seja importante, pra não fazer nada.
Pode me mostrar sua carência, meu colo é afeto.
Pode me confiar a amizade, que eu retornarei.
Não te pedirei nada além da cumplicidade
para encararmos - quando quisermos - juntos essa sociedade
rica, mas doente; dinâmica, mas impaciente.
Mas calma, não se desespere com essa minha resenha!
Não se assuste mais com a possibilidade da minha presença.
Não é nenhum voto para arrebatar seu coração, não te peço nas minhas mãos
É tão somente uma porta aberta, não é preciso ficar tão alerta.
Não veja isso como uma declaração renitente
Nem do passado querendo reinventar-se no presente
É tão somente o meu carinho, que aqui ponho a seu dispor
para quando estiver a fim,
Quando quiser, sem medo e sem expectativas, um novo pouco mais de mim.

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