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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Caetanar à trois

Dois pés cançados e esperançosos descansam na ponta da rede
A ponta dos sapatos apontam do outro lado
Quatro pés descansados um no outro
Ali o mundo parece em paz
Assim, ainda, os quatro pés levantam-se
Caminham em diferente ritmo, mas sincronizados como uma dança bonita como tango
E abordam - não, aqueles não abordam, mas se apresentam suavemente aos outros mundos, leves e abertos
Enfim, se aproximam dos dois pés curiosos
- Escutando o quê?
- London, london...
Entrego a música àqueles felizes ouvidos
Atentos, eles adentram
um pedacinho azul rosa-chá do meu mundo
Fazemos caber na rede
Seis pés, três corações
Afinal, realizam métrica bem construída
Mexe qualquer coisa dentro doida
Então não se avexe não,
Baião à trois, ah! Ah...
Medimos distâncias de lábios e braços
Abraço, abraçasso
Beijo calmo
O mundo expande ao nosso redor
Estamos em paz em três agora e só
Não exige explicações
São só harmonias possíveis bonitas sem juízo final
Mas se cabem observações,
É como surgindo sol na noite
Explodindo em canto, um folk um tanto romântico
É, se cabe de parar pra observar,
Ocorreu de minhas cores desbotadas repintar
azul celeste, celestial
Como pintado na bochecha dela
Que o faz sorrir
O simples colorir
Nos colorimos
Juntos rimos,
sem saber bem porquê
Talvez pela nova experiência de ser.

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