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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Passando rapidinho, entre uma prova, um suspiro, um tanto de cachos e os planos de melhorar.Dei uma estagnada, meus textos pararam, tenho mais é lido o dos outros.
Por enquanto está um desânimo tão grande, que nem dele dá pra falar, fazer virar texto pra descarregar.
Dando uma atualizada, os textos não se enviam sozinhos, e prometo que venho com coisa nova. Prometo Ninha, prometo!

Calça de moletom cinza larga, blusa branca caída nos ombros porque  
ela mesma cortou com tesoura. Pintora, umas unhas roídas, outras  
grandes pintadas de vermelho, as vezes descascando.
Mora num apartamento minúsculo com Madeira bem envernizada. Dois  
andares: o de cima basicamente quarto, escritório e banheiro, dando  
vista pro de baixo, uma área ampla sem divisões, onde ela espalhou  
suas telas e respingou tinta por todos os lados. Só fica salva da  
bagunça a cozinha, apesar da geladeira que foi aberta com mãos  
manchadas, e é coberta de desenhos e lembretes. Memória fraca, muita  
coisa a fazer, um poema com autor desconhecido. Um desenho da  
sobrinha. Ela mesma é solteira, com seus casos e descasos amorosos.  
Misteriosa, atrapalhada daquelas que fecham a porta do forno com um  
chute e dorme com a roupa do corpo. Diz que não usa celular, que não  
acredita na tecnologia caótica só pra ser mais exótica. Tem um  
aparelhinho simples, mas não gosta de ser perseguida. Usa um telefone  
bege fixo com viva-voz, apoiado num banco alto no meio da sala; uma ou  
duas mensagens quando chega em casa.
Almoça comida congelada, assiste tv tomando sorvete direto no pote e  
ama rir. É, quando fica alegre balança os cachos castanhos e olha pra  
cima. Da pulinhos, ou rola, ate ficar de cabeça pra baixo, vendo como  
tudo fica mais atraente quando fica do jeito que não é. 
Do jeito dela, como seria?

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