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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Antissocial é o...

  Me auto-intitulei antissocial nos últimos tempos. Mas na verdade não sou, sabe? Pra ser classificada assim, eu deveria apresentar desinteresse em me relacionar com as pessoas, e isso é uma das coisas que mais aprecio. Mas relacionar anda tão difícil esses tempos... Não por falta de pessoas, tem gente falando e gritando e chamando atenção por todo lado. Mas eu não quero conversar com uma pessoa, e ouvir o mesmo da próxima. Gente igual não me interessa. E que ninguém seja hipócrita de me achar arrogante por isso. Nenhum menino comum de 10 anos quer figurinhas iguais, afinal ele quer completar o álbum. Ninguém que queira um menáge quer uma pessoa, e seu clone. Quando pedem bis, não esperam que o artista cante novamente a mesma música. Pois bem, uma pessoa interessada em trocar ideias, experiências ou qualquer tipo de enriquecimento mental não fica satisfeito em ouvir a mesma coisa de pessoas, na teoria, diferentes. Esse é o problema. Todo mundo muito igual.
  Não precisa muito pra chamar minha atenção na verdade, até porque algo que ressalta do resto virou artigo raro hoje em dia, então quando há uma faísca qualquer, eu rezo pra que se faça fogo.
  Sinceramente, eu prefiro conhecer um pessoa que eu venha a detestar pelas suas manias e ideias adversas das minhas do que gastar meu tempo ouvindo a repetição cansativa de pessoas sem qualquer pensamento genuíno. Aquela mocinha das palavras cruzadas e que usa aquelas botas vermelhas que ninguém entende me parece 400 bilhões de vezes mais interessante que a loirinha que fica gritando aquele sertanejo chiclete na sala de aula pra chamar atenção, e não acho que isso seja nada menos que óbvio. Não vou sair com gente acerebrada, e pronto.
  Não quero parecer arrogante ou seletiva demais, não é isso. Eu só não gosto de assistir ao albinismo mental dessa época (como se eu tivesse 77 anos de idade) que parece ser artigo valorizado, nos outdoors e canais de TV.
  Falando em TV, está passando um filme sobre Woodstock. *Ok, eu não diria que gostaria de ser hippie e ficar lá fumando maconha pela paz ou me enchendo de ácido, mas se tem uma coisa que eu invejo naquela sociedade é a existência de mentalidade;  existiam ideais e pontos de vista. Porque hoje em dia se você fala em ponto de vista, é bem provável que comecem a discutir o relacionamento de algum casal de novela. E pra esse tipo de coisa, eu realmente sou antissocial, e com prazer.

*Out of line:
- You have California plates. Is that where you're from?
- There, and New Mexico... - And Oregon.
- You're from everywhere.
- We're from everywhere. - You're from everywhere.
-I'm from here.
- You're from here, man. -That's so cool.
- I guess so.
- Man, you're amazingly from here. Here, man, take a ride to here and now. - Eight miles high.
- I'm actually a little afraid of heights...What the heck.
É, definitivamente eu não seria hippie.

[ 1o semestre de 2011]

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