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É preciso estar atento e forte: a má notícia é que as coisas mudam. Calma, a boa notícia é que as coisas mudam.
No meio disso tudo, eu escrevo...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Lego land

A propaganda do par perfeito sugere que cada um tem um encaixe. Uma grande peça colorida em um dos braços que o identifica. Essa peça é única, e tem seu encaixe perfeito; seu par.
Fiquei pensando se a vida fosse realmente assim. Que peças seriam os relacionamentos casuais? Como nos encaixaríamos temporariamente em outras pessoas por um mês, por uma hora, por uma noite?
Como seria a peça daquele amigo-colorido que curou sua carência na noite de sábado com uma palavra amiga, uns drinks e talvez uma pegação não-planejada?
 Uma questão ainda mais fácil de alcançar a mente: como são as peças dos amantes? Afinal você já encontrou aquele par que se encaixa perfeitamente em você. Como foi encontrar outro, que de alguma forma encaixasse também? Eles preenchem talvez parte da estrutura, assim como o fazem na vida dos que mantem tal relacionamento? Um pouco do todo que aspiram um dia conseguir, ou só mesmo a parcela que de fato merecem, meio torta e desajeitada, mas ali. E se as coisas são assim, simetricamente definidas, o divórcio também seria apenas um desencaixe de peças? Nenhuma herança do relacionamento resta? Nada de desentendimentos com fins trágicos? Ou fica algum rastro, uma pequena marca do que ali esteve um dia? Há peças que foram moldadas para serem simplesmente sozinhas?
 Aqui estou eu viajando num bando de pecinhas de lego.

E no fim até que a propaganda era boa. Quer dizer, transmitiu a ideia com sutileza. Apesar das enormes peças coloridas agarradas nos braços das pessoas, claro.

 Out of Line: Some people are really crazy about lego! (ver no tumblr!)

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